sábado, 28 de dezembro de 2013

Vigário defende arcebispo e se mostra “irreversível” com católicos


Movimento Quero Nosso Pároco protesta contra Dom Odilo Scherer

O vigário episcopal de São Paulo, padre Anísio Hilário, se reuniu com católicos na manhã deste sábado (28) para discutir o movimento que protesta contra o arcebispo metropolitano, Dom Odilo Scherer, nas redes sociais.

O cardeal promoveu ação no começo de dezembro para trocar os párocos entre sete igrejas da região episcopal do Ipiranga, sem justificativa. Fiéis de quatro das igrejas criaram o Movimento Quero Nosso Pároco que vem atraindo na internet pessoas solidárias a interrupção das mudanças.

O blog do movimento, até este sábado, tinha mais de mil visualizações após ter sido criado há cinco dias. Católicos debatem sobre o assunto na página e no perfil do movimento no Facebook.

A reunião ocorreu na Igreja Nossa Senhora da Aparecida, no Ipiranga, onde em um encontro “acalorado”, com choro e cerca de trinta paroquianos, o vigário episcopal disse que o arcebispo não voltaria atrás em sua decisão. O padre não comentou os supostos motivos políticos da troca de padres e respondeu a todos os questionamentos que “a Igreja trabalha com a realidade e não com o ideal”.

“Ele deixou as pessoas falarem, mas em nenhum momento mostrou sentimento. Um vigário deveria conversar de forma aberta, não se mostrar insensível e irredutível”, afirmou Beatriz Velicu, uma das paroquianas na reunião.

Para a católica Cássia Lima, o vigário não ouviu os fiéis. “Chorei de raiva. Iremos continuar os abaixo-assinados (um online divulgado pelo movimento e outro deixado na porta das paróquias) e levaremos até Roma”.

O Movimento decidiu por continuar a divulgação para atrair a ajuda de mais pessoas e organizar protestos. O também teria se mostrado preocupado com os paroquianos estarem conversando com a imprensa.

O assessor de imprensa do cardeal, presente na reunião, Rafael Alberto, prometeu levar pedido de audiência dos fiéis a Dom Odilo que está "incomunicável" até 13 de janeiro.




Os jornalistas que quiserem mais informações ou entrevistas com pessoas ligadas às trocas, podem enviar uma mensagem para:

Nenhum comentário:

Postar um comentário