domingo, 5 de janeiro de 2014

Movimento publica "Manifesto contra falta de compaixão"


Texto na internet critica fiéis que querem ser ouvidos por Dom Odilo Scherer

O Movimento Quero Nosso Pároco, composto por cerca de trinta paroquianos que protestam contra a retirada de párocos na Região Ipiranga, publicou manifesto em sua página no Facebook na madrugada desta segunda-feira (06) como resposta a texto publicado no site da associação cultural católica, Monfort.

O blog do movimento já possui mais de duas mil visualizações e a página do movimento no Facebook provoca discussões na rede social. O movimento também foi ouvido por portais na internet, como o Estadão.com e pela Rádio Cidade Jundiaí na última semana.

De acordo com o "Manifesto contra a falta de compaixão", o texto publicado no último sábado (04) demonstrou pouca atenção com os fiéis do Ipiranga e "não discute em nenhum momento como o cardeal, que deveria ser nosso pastor, está agindo com os fiéis de nossa região."

Leia o manifesto do Movimento na íntegra:

"Irmãos, lamentamos o texto ideológico e político publicado pelo biólogo André Roncolato Siano na internet.


1- Somos um movimento que discute o “espírito”, não o “pão”. Clamamos para que quem afirma ser nosso pastor, o arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer, ouça seu rebanho, os fiéis do Ipiranga. Estamos tristes com o modo como foram feitas as transferências de párocos na Região. Associar política ao movimento é uma forma de legitimar como o cardeal não está dando atenção a seus fiéis.

2- Nunca dissemos que o rodízio de párocos entre igrejas não é rotineiro. Ele pode até ser discutido, mas dizemos claramente em nossos textos e divulgações que protestamos contra como ele foi feito aqui no Ipiranga. 

Os padres foram avisados na véspera de seus aniversários de ordenação, data importante para um sacerdote. Parte deles foi avisada de surpresa na sacristia da Catedral da Sé por Dom Odilo e um pároco ficou sabendo de sua remoção pelo Facebook, sendo que o Direito Canônico determina que as trocas devem ser avisadas por telegramas. 

Tudo ainda foi feito próximo ao Natal e Ano Novo, época de festas da comunidade e quando muitas pessoas estão viajando e prestando pouca atenção nos acontecimentos. Ainda existem os boatos de motivos políticos que Dom Odilo não comenta com nós fiéis. Nada disso é mencionado no texto.
Muitos paroquianos estão tristes e queremos apenas ser ouvidos.

3- Se dizem que as transferências tiveram motivos políticos e o cardeal não nos responde em relação a isso, não queremos associar a Igreja à política, somos contra essa ligação. Por isso é desagradável termos que comentar a associação do Movimento a uma ideologia, ainda mais a um grupo de ideias que seja contra o cristianismo, a religião de nossa fé. 

Mesmo assim, o texto ainda falta com a verdade ao dizer que essas ideias são condenadas pela Igreja. O Papa Francisco, com amor e sem ressentimento com o passado, afirmou recentemente que não fica ofendido quando é chamado de marxista e que tem diversos amigos no meio. Somos todos cristãos e com respeito ao próximo e verdade devemos agir.

O texto ainda tenta colocar o Conselho de Leigos da Arquidiocese como dono do movimento composto por vários paroquianos, sem coragem de criticar diretamente os motivos do movimento substituindo essas críticas por opiniões em relação a outras pessoas ou entidades.

4- Ainda na falta de argumentos, o irmão que escreveu o texto procura atacar uma pessoa fraca que apenas é mais uma entre trinta paroquianos da Região tristes com as transferências de párocos! O escritor do texto associa um de nós fiéis, mais exposto e fraco por tido coragem de ser um dos que conversou com a imprensa, a um partido político que já abandonou o “socialismo” há muito tempo, assim como o mundo de décadas atrás bipolar, não mais existente hoje, por onde se baseia a fraca argumentação que tentar defender o comportamento do arcebispo de São Paulo.

5- O título do texto é hipócrita. Dá a entender que nosso protesto é um presente de natal ruim. Foi Dom Odilo que escolheu anunciar as transferências na época de Natal e Ano Novo, época de festa e com muitas pessoas desatentas para protestar. Nós queríamos ter começado o ano novo felizes.

6- Para o texto, Dom Odilo, que se recusa a conversar com seus fiéis, está sofrendo um ataque da “Teologia da Libertação”, grupo dentro da Igreja que, na verdade, já ficou para trás através dos tempos. Lamentamos que nosso sofrimento e o direito de pedir a atenção de nosso pastor sofra a tentativa de desvio por ideias que não têm ligação com o nosso Movimento.


Nos entristece, mas não reduz nossas forças, como o texto demonstrou pouca compaixão com nós fiéis do Ipiranga e não discute em nenhum momento como o cardeal, que deveria ser nosso pastor, está agindo com os fiéis de nossa região. http://www.montfort.org.br/presente-de-natal-inusitado-um-levante-da-teologia-da-libertacao-contra-d-odilo/

Agradecemos ao apoio de todos,
Paroquianos da Região Episcopal do Ipiranga"


Os jornalistas que quiserem mais informações ou entrevistas com pessoas ligadas às trocas, podem ligar ou enviar uma mensagem para:

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